Jacob Portman é um garoto normal, com uma vida entediante. De família rica, Jacob é obrigado a trabalhar nos negócios da família e por mais que ele faço de tudo nunca consegue ser demitido. Quando criança, o avô de Jacob o enchia de histórias sobre uma ilha mágica habitada por crianças peculiares, com habilidades especiais. Nas histórias, essa era uma ilha feliz e que despertava em Jacob o desejo de ser aventureiro, como o avô foi um dia. Mas os anos passaram e Jacob começou a se dar conta de que tudo aquilo era apenas conto de fadas.

É só mais um dia entediante de trabalho para Jacob até que ele é tirado de sua rotina por seu avô querendo saber onde está a chave do armário, ele parece desesperado. Pelo telefone Jacob o ouve revirar a casa. Não é o armário de antiguidades ou o armário de remédios. É um armário de armas, e digno do Rambo ainda. O pai de Jacob havia escondido a chave do armário quando os primeiros sinais de surto apareceram. Após alertar seu pai, Jacob é instruído a ir verificar seu avô. Quando ele chega na casa tudo está revirado, não há uma única gaveta no lugar. Jacob segue para os fundos e adentra a floresta que cerca o condomínio onde o avô vive, lá ele encontra seu avô no último suspiro. Antes de partir seu avô lhe dá as últimas informações, que poderão levá-lo até a ilha mágica de sua infância. Jacob não leva a sério, acredita ser o delírio febril que precede morte. Após o último suspiro de seu avô Jacob vê um ser, é uma visão terrível, um monstro desfigurado. Aquilo matou seu avô, ele tem certeza. 

A polícia obviamente não acredita em Jacob quando ele tenta contar a verdade, todos acham que ele está com algum distúrbio traumático e o levam a um psicólogo, que ele frequenta por longos meses. Jacob acaba por se convencer que o ser abominável que ele viu naquela noite era mesmo fruto de algum tipo de distúrbio pós traumático.

Após ter aceitado que tudo era fantasia, Jacob acaba sendo presenteado por sua tia com um antigo livro. Um livro que pertenceu a seu avô. Dentro do livro Jacob encontra uma carta, a mesma citada por seu avô momentos antes de morrer. Agora tudo faz sentido. A ilha que seu avô citou tantas vezes e que depois ele acreditou ser mero conto de fadas pode mesmo ser real.

Gente, eu sou o tipo de pessoa que viu que vai sair um filme inspirado em livro, corre pra ler porque eu preciso assistir e comparar. Eu já tinha ouvido falar bastante desse livro e queria ler há algum tempo. Então... Fui na Americanas, salvadora da pátria literária, porque na minha cidade não tem livraria (pois é! Triste), e lá estava O Orfanato da Srta Peregrine Para Crianças Peculiares por apenas R$20,00. Claro que eu comprei né, gente?! E eu resisto a livro barato?? Não. (Hoje ele já está bem mais barato, mas ok.)

Mas então, eu comecei a ler esse livro sem fazer a mínima ideia do que se tratava (faço isso com frequência). Eu achava que eram criancinhas assassinas com habilidades especiais (risos). Sério mesmo! Mas não tem nada a ver. São criancinhas “normais” e fofas (pelo menos na minha imaginação), com exceção do garoto que pode tirar a vida de uma coisa e colocar em outra. Ele me assusta. Garoto macabro. 

Vamos as peculiaridades: tem o que prevê o futuro, a com super força, a que levita, uma com boca atrás, o que vive com abelhas, a que cria fogo... E todas essas criancinhas peculiares são cuidadas pela Ave, ou Alma Peregrine. Para mim ela era a bruxa má, imaginava ela tipo a Nany McPhee antes de ser amada. Com o decorrer do livro fui vendo que meus conceitos estavam errados, a Alma ama as crianças e cuida delas como se fosse mãe mesmo. Ela é uma ymbryne, que são seres com poder de manipular o tempo. As ymbrynes tem por responsabilidade acolher e cuidar dos peculiares.

O autor explica direitinho para a gente sobre o universo peculiar, quem eles são, quantos existem, os tipos... E isso tudo envolve uma fenda no tempo, que é onde eles vivem (EU ACHEI ISSO MUITO LOUCO, fiquei imaginando todas as possibilidades). O legal é que o universo desse livro é diferente de todos os outros universos fantásticos, a maioria dos personagens são crianças (e ao mesmo tempo não são...), achei legal dar uma variada. Não é um livro que eu diria ser MUITO bom, maravilhoso, mas a leitura é boa, flui, me deixou curiosa por descobrir mais sobre o universo dos peculiares. Boatos de que o segundo e o terceiro livro só vão ficando melhores, com finais arrebatadores. E as capas do segundo e do terceiro são lindas demais, gente. Não favoritei mas recomendo, o livro é bom, uma leitura gostosa.

P. S.: Peculiar não é uma palavra muito usada, mas sabe quando você simpatiza com uma palavra diferente e fica usando ela?! Então, eu era assim com "peculiar". Portanto esse livro e eu temos uma conexão (risos).