Olá, corujas!

Depois de muitos anos J. K. Rowling decidiu dar uma continuação a Harry Potter e o livro desagradou a muitos fãs. A princípio eu também não havia gostado da ideia de um novo livro tantos anos depois, porém quando terminei a saga fiquei bem curiosa sobre o oitavo e polêmico livro da série.
Nome: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Autora: J. K. Rowling

Número de Páginas: 344

Editora: Rocco
Compre: Amazon

Estrelas: ★★★★★
Sinopse: Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.


A única semelhança entre Harry Potter e seu filho Alvo Severo Potter é a aparência, de resto o menino parece ser completamente diferente, começando pelo fato de que ele é um Sonserino. A fama de Harry Potter acompanha Alvo, existisse uma pressão constante para ele ser igual ao pai. Os cochichos o acompanham por Hogwarts, todos esperando que ele seja como o pai, mas ele não é. A consciência disso só gera ressentimento no garoto, que se afasta cada vez mais do pai.

Depois de entreouvir uma conversa, Alvo descobre sobre a existência de um vira-tempo no Ministério e sobre o desejo de Amos Diggory de trazer seu filho, Cedrico, de volta, afinal ele era apenas o outro não havia necessidade de ele morrer. Sem saber o que o move, Alvo decide roubar o vira-tempo do Ministério e mudar o passado para evitar a morte de Cedrico, para isso contará com Escórpio Malfoy – seu melhor amigo -, e Delfi – prima de Cedrico. Entrementes, Harry sente a cicatriz incomodar e tem sonhos recorrentes com Voldemort o chamando. Durante essa jornada Alvo e Escórpio descobrirão que mexer no passado pode ter terríveis consequências e provarão da maldade de um obcecado descendente do Lorde das Trevas.

E ficar só... é tão difícil. Eu era solitário. E isso me fez procurar um lugar verdadeiramente sombrio. Por um bom tempo.  Pág 147 

O livro começa do mesmo jeito que As Relíquias da Morte termina, adoro livro que retoma exatamente de onde o anterior parou, assim eu não fico com aquela sensação de que perdi um pedaço da história. Eu tenho que reconhecer que uma pequena parte do brilhantismo dos sete livros anteriores não estava ali. Aquilo de acompanhar o desenrolar das coisas e no final um evento fantástico e surpreendente catalisar o outro já não existe em Harry Potter e a Criança Amaldiçoada.

Com relação ao tipo de texto, o livro é escrito como uma peça de teatro e no começo o tempo passa muito rápido, o espaço da narrativa também muda muito e muito rápido, tive dificuldade de acompanhar no começo, me perdia o tempo todo. Outra coisa, porque “criança amaldiçoada”? O filho do Harry seria a criança amaldiçoada? Só por ele ser diferente? Para mim esse título não se encaixou. Achei que a história focou muito no Harry e no filho, podia ter explorado os outros personagens dos livros anteriores, só para nós revermos eles também.

Estranho, não? O que vem de dentro.  Pág 209 

Apesar desses detalhes eu gostei bastante do livro. Um Potter na Sonserina? Um Malfoy nerd e bondoso? Um Potter e um Malfoy amigos? UM HERDEIRO DE VOLDEMORT? Para mim esses já foram motivos mais que suficientes para se considerar Harry Potter e a Criança Amaldiçoada um bom livro. Não tanto quanto os anteriores, está certo, mas bem perto. E eu estava morta de curiosidade sobre como seria o futuro sem Voldemort. Quem seria o novo diretor de Hogwarts? Como seria a vida de Harry, Hermione e Rony? Gennteee, a Hermione detonou, ela virou uma mulher poderosíssima. E se tem um casal que eu amo é Hermione e Rony, acabei tendo que me conformar que eles ficavam juntos e acho que formam um casal melhor que Harry e Gina. A parte divertida do livro é que como os meninos mechem várias vezes na linha temporal (não, essa parte não foi legal, eu fiquei muito aflita. Só fizeram besteira) nós visitamos várias realidades alternativas, vemos o que cada um teria se tornado caso as coisas tivessem sido diferentes.

É claro que eu o amava... e sabia que aconteceria tudo de novo... que sempre que eu amasse, causaria danos irreparáveis... Não sou uma pessoa talhada para o amor... Nunca amei sem causar prejuízos...  Pág 275 

A edição em capa dura é uma aquisição que você precisa fazer, vale muito a pena. O livro é belíssimo, a edição encanta até os não-leitores, inclusive os que não são lá muito fãs de Harry Potter – pois é... incrivelmente, existe gente assim no mundo.

Apesar de tantos comentários negativos que vi sobre a história eu gostei de ver como o futuro se desenrolou, está recomendado. Agora, de uma vez por todas, adeus, Potter.

Harry, nunca existe uma resposta perfeita neste mundo confuso e perturbado. A perfeição está fora do alcance da humanidade, fora do alcance da magia. Em cada momento luminoso de felicidade há está gota de veneno: o conhecimento de que a dor voltará. Seja sincero com aqueles que ama, mostre sua dor. Sofrer é tão humano quanto respirar.     Pág 275